Soneto Inascido O poema subjaz. Insiste sem existir Escapa durante a captura Vive do seu morrer. O poema lateja. É limbo, é limo, Imperfeição enfrentada Pecado original. O poema viceja no oculto Engendra-se em diluição Desfaz-se ao apetecer. O poema poreja flor e adaga E assassina o íncubo sentido. Existe para não ser. (Artur da Távola) Por Fernando Moura Peixoto “Artur da Távola – a pretexto ou a reboque da televisão – borda crônicas de nossa angústia cotidiana, tirando de cada átomo de significância televisionária uma lição ou pensação que seguramente constitui, para cada um dos seus leitores, uma pausa reflexiva no turbilhão insensato do dia a dia. É que nele há moral sem moralismo caturra e fechado, esperança sem embustes ilusionistas, cepticismo sem náusea, carinho psicolinguístico espontâneo capaz de captar os valores significados nos termos e vocábulos novos transados aqui e ali. Com isso, Artur da Távola tem sua legião de
Nós da Poesia
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