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domingo, 15 de novembro de 2015

Presépio do Cotidiano


PRESÉPIO DO COTIDIANO 
Mírian Warttusch


 - O menino sorriu - não tinha por quê
Debaixo da ponte, tentou se esconder.
Levava uns trocados na suja mãozinha
Isso aconteceu logo de manhãzinha.

Pobreza no mundo, que coisa cruel!
Deitou com o cãozinho, por sobre um papel...
Não tinha a cobri-lo nem uma coberta
- Passar fome e frio será a coisa certa?

A mãe se ajoelha e lhe afaga o rostinho
E apanha as moedas da mão do menino.
O pai - barba grande - sentou-se ao seu lado,
Chovera... e o chão, estava molhado.

A cena tocante, me deu pena até,
Como  ali estivessem, Maria e José.
No chão deitadinho, na cabeça um capuz,
eu diria até que fosse Jesus.

A cena é comum, todo dia se vê...
Mas fiquei tocada, confesso a você!
Em pleno Natal, sem anjo, nem nada,
Montaram o presépio em plena calçada...




LÁ VAMOS NÓS DA POESIA…